Numa entrevista surpreendentemente reveladora com o The Verge, Gabe Newell da Valve discutiu abertamente quais os planos da Valve para a Steam Box.
Primeiro, e antes de mais, é importante esclarecer que haverá várias Steam Box. A Valve terá uma Steam Box própria que venderá aos consumidores. Esta usará o sistema operativo Linux, mas para quem quiser, e antes que perguntem, SIM, é possível instalar o Windows.
A Valve está desenvolvendo um controlador que acompanhará a Steam Box, cujo foco será elevada precisão e baixa latência. Gabe Newell dá a entender que no futuro a Valve apostará mais nos controladores e que estes usarão muitos dados biométricos.
Houve uma tentativa por parte da companhia de tentar inovar na área dos controladores por movimentos, mas não encontrou nenhuma forma de o fazer.
“Talvez tenha havido uma falha de imaginação da nossa parte nos controladores por movimentos, mas estamos muito mais entusiasmados com a biométrica como um método de entrada de dados,” disse Newell.
“A biométrica é essencial para adicionar mais largura de banda de comunicação entre o jogo e a pessoa que joga, especialmente de formas em que o jogador não está necessariamente consciente. A biométrica dá-nos mais visibilidade. Em adição, seguir o olhar. Pensamos que seguir o olhar é muito importante.”
A Steam Box terá outros usos além de jogar e poderá ser um centro de entretenimento. O The Verge questionou Gabe Newell sobre o Netflix, e a resposta foi, “Absolutamente. Pode iniciar um navegador de Internet e fazer o que quiser”.
A pequena caixa da Valve para a sala-de-estar também poderá ser usada como servidor e estar ligada a múltiplos monitores. Para quem organiza Lan Parties será o ideal.
“Pode ter um PC, oito monitores e oito controladores e obter um grande desempenho. Estamos habituados a ter um monitor, ou dois – o que estamos dizendo é que vamos expandir isso um pouco”.
Em breve a Valve não só invadirá a sala-de-estar, o território mobile é outro dos seus alvos.
“A Steam Box é chamada internamente de ‘Bigfoot’, e também temos um ‘Littlefoot’. Com o Littlefoot perguntamos ‘o que precisamos fazer para estender isto ao espaço mobile?’ A nossa aproximação será semelhante. Acreditamos haver muito para fazer para melhorar os jogos no espaço dos tablets e mobiles.”
A última questão colocada a Gabe Newell põe em causa a capacidade da Valve competir diretamente com a Sony e Microsoft. Newell, seguro de si e da sua companhia, que é líder de distribuição digital no mercado do PC, disse, “A Internet é muito inteligente. Se faz algo que é único, que vale a pena o tempo das pessoas, então haverá adesão. Se faz algo que não é único e não vale nada, pode gastar os dólares que quiser em marketing, que as pessoas não vão aderir”.
Esse será o futuro entre os Gamers PC?
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